Um filme que vai divertir muito. E tudo se passa num casamento Gay
Por Marccelus Bragg
Não dá pra se saber ainda, qual vai ser o título em português, mas o certo é que estreou, no último dia 08/04, na Espanha, o filme “Reinas” do diretor Manuel Gomez Pereira. Película que promete divertir e trazer à tona, expor numa vitrine, para todo mundo ficar sabendo, o que há por trás do famoso mito da “mamãe do gay”.
Provocativo e desafiador, ao tratar de um assunto “sagrado” para muitos homossexuais, o diretor foi logo dizendo, que a escolha do tema, foi também, para “ desmistificar toda essa concepção sacro-santa das mamães, queríamos dizer às pessoas que essas idolatradas genitoras tem defeitos, que não são perfeitas e acima de tudo, queiram ou não os seus adoráveis rebentos, elas são mulheres como as outras”.
A película gira em torno do casamento gay. Preciosa idéia. Num exato ponto, em que a Espanha pós Aznar, abre o leque desta oportunidade conquistada à duras penas. E na ficção, cinco mães [aqui encarnadas por cinco grandes atrizes, Bettiana Blum, Marisa Paredes, Verónica Forqué, Carmem Maura, Mercedes Sampietro] se veem atônitas, surpresas com a possíbilidade de perder as suas crias , [ Gustavo Salmerón, Unax Ugalde, Raúl Jiménez, Lluis Homar e Paco León] para outros não menos desejados rapazes. Genros na jogada. E aí rola de tudo, muita ciumeira, chantagem emocional, desconfiança e tirania de mãe [dominadoras que só elas] e que todo mundo conhece muito bem.
Elas vão fazer te tudo – o possível, o impossível e até o nada recomendável – para não faltar a cerimônia. Afinal este casamento será o evento mais importante na vida dos seus filhos. Acredito que o filme vai agradar, porque não é o casamento gay o enfoque principal, mas sim as relações afetivas entre os envolvidos: as mães, os filhos e os futuros genros. De um lado pensam as mamães que estão lhes roubando os filhos, e para se defender, tornam-se egoístas e manipuladoras.
Quem não sabe o quanto é cega uma “Mãe coruja”?
Envolvidas por um amor descomunal, só enxergam o que querem ver. São todas muito ciumentas e às vezes, terrivelmente exageradas – pensam ter os filhos mais lindos, perfeitos e únicos do mundo. E para com os seus genros e noras, nem sempre são as melhores compainhas. Tá na filosofia de parachoque de caminhão “com sogra nem o diabo pode”.
Creio que ver o rapazes gays, atordoados e nervosos. Correndo de um lado para o outro num ringue de tensões. E aparando as arestas entre a própria mãe e o noivo, promete muito. Mesmo que não seja aquele filmão, e que não consiga agradar a todos, pelo meno de uma coisa tenho a certeza, quem tem mãe, entende muito bem. Elas, as mamães unipresentes não conseguem ser despercebidas nunca. Quando não existentes e já desaparecidas, nos deixam rastros na alma, quando vivas e altivas, há que se cuidar, porque se voce vacilar, nunca sairá debaixo das suas saias.
Segundo explicou a representante na Espanha da Warner Bros., empresa que bancou sozinha todo o filme, Simona Benzakein, “ desde o principio queríamos fazer uma comédia sofisticada e que chegasse a todos os públicos e a idéia foi genial, reunir as mais famosas atrizes da Espanha para fazer o papel de mães desses jóvens atores e futuros astros. “
Tomara que o filme chegue logo ao Brasil.
Enquanto isto não acontece, que tal ver mais de “Reinas”?