Feira Cultural da Vieira: Arouche é Festa!

Por Marccelus Bragg

Greta Star e Silvetty Montilla – as duas doçuras de apresentadoras – faziam subir ao palco as estrelas da noite. Atrações? Claro que eram muitas e cada qual superando a anterior: Meninos do Axé, performances de DJs hiper colocados, Caricatas engraçadíssimas, Atores Transformistas, Drags Fabulosas, Vips e Celebridades que concorreram para o brilho do evento.

E entre uma e outra, as tiradas hilárias da Silvetty. A mulata tem um repertório que não acaba nunca. Pra tudo a Montilla tem respostas. É um babado estar com ela.

Pelo quinto ano consecutivo a Feira Cultural da Vieira “Feira do Arouche” é um sucesso absoluto. Uma multidão se aglomerou em frente ao grande palco armado e se contabilizou – pela organização da 9ª. Parada do Orgulho Gay de São Paulo – da qual esta Feira é um evento do Calendário Oficial, que mais de 60 mil pessoas passaram por lá. É ou não uma explosão de devotos? Claro que sim! Atenderam todos ao chamado da arte nas suas múltiplas faces. Ao apelo da descontração advinda da diversidade e ouviram a mensagem da festividade: “Todos nós homossexuais somos normais, somos iguais aos demais cidadãos e estamos em todos os lugares porque esta cidade também nos pertence” e estar celebrando no Arouche é só um detalhe. Faz a diferença? Faz sim, porque lá estava plantada uma semente de boa sepa e que tende a prosperar nos anos vindouros.

Nas imediações do tradicional e boêmio Largo se posicionaram umas trinta barracas especializadas em tudo. Direitos Humanos [ Familias Alternativas, Grupos e Entidades Organizadas de Lésbicas, Gapas, Casa da Brenda Lee, Ursos e Bears, etc], Esporte como o Outgames e empresas de turismo como a amiga CVV , canais de TV voltados aos GLBTs e editoras de livros especializados na temática homo. Os estilistas sopraram a velinha, estavam de parabéns porque levaram ao espaço as suas criações – tinha barraca abarrotada de gente comprando todas as novidades na linha rainbow. As estampas e os brilhos eram os chamativos. E o que imperou por completo foram as cores do Arco Iris.

Falando em gente que acontece, até em Sampa a baianidade falou alto. Transitando na Feira vi o nosso querido artista plástico Cézar Romero, os militantes imbatíveis Luiz Mott e Marcelo Cerqueira, a caravana de Davi Aranha – dezenas de baianos espertos – que incorporaram os “Filhos de Gandhi” na Parada, o Coiffeur Neto bem acompanhado do namorado modelo e ator e aquela gente paulista do bem, que sabe receber quem os visita de braços abertos.

Palmas para os meus amigos do Jornal Abalo Eduardo Moraes e Neko Almeida – que fizeram as honras da casa e me deram as dicas da cobertura – os dois gentilíssimos, moram no meu coração. Ao Nick Mendes do Manaus to All – Webmaster do maior portal da Amazônia – e mais que amigo. Um irmão na Net. E tem mais, a presença no Arouche da midiática figura do “Capitão Gay” de Pelotas, com as suas reluzentes esporas, foi a grata satisfação. O rapaz é a contestação em pessoa. Ele chuta o pau da barraca do tradicionalismo homofóbico. Macho Tchê que discrimina gay, com ele não tem vez.

E como a mineirice não falta nunca, abracei bastante Osmar Resende do BEAGAY . Somos amigos e trocamos figurinhas na WEB. Assim como a Miriam Martinho – ativista lésbica – a quem tenho um respeito de décadas. E tem muito mais gente que adoro de montão, como o Dorley promoter de Manaus, aquele que é o número um da Boate A2 e que comanda na noite manauara. Salette Campari e Dimmy Kier – cujas presenças lota e as ausências se nota. Eram as flores daquela flora colorida do Largo…e quando vi a Dindri de rapazinho, tomei um susto…se eu não estivesse casado, sei não!

Aquele momento de carinho ficou por conta do Rogério Munhoz – fofíssimo e super em tudo. E dos meus meninos Fabrício Vianna e Alex, casal “amor e beijos” que são contas do meu rosário de admiração.

Já estou me preparando para o ano que vem…Arouche Pride, eu voltarei!

OBRIGADO SÃO PAULO

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