CAASAH DA DIGNIDADE AOS PORTADORES DO HIV/AIDS.
A Entidade que nasceu sob o signo da luta e nos orgulha da existência
Por Marccelus Bragg
Eu vi de perto o fulgor da vida. Fui carinhosamente cumprimentado, e acabei recebendo abraços, sinceros e verdadeiramente espontâneos, daqueles a quem Jesus anunciou , “destes pequeninos é o Reino dos céus”. As Muitas crianças, que sob o manto de proteção da Caasah, aprendem desde a mais tenra idade, que sendo portadores do HIV, necessitam crescer, estarem atentos e fortes para enfrentar as adversidades.
Muita gente abnegada, séria e compromissada com as causas sociais, e acima de tudo, iluminadas por dentro, pululam os corredores e as salas desta entidade. Para efeito de história, nos lembremos que desde o final da década de oitenta existe a Caasah. Logo no comecinho de tudo, o embrião desta ilha de apoio e assistência ao portador do vírus HIV/AIDS, surgiu alí, na Rua Amparo do Tororó,19. Espaço que logo se tornou pequeno e inadequado para a grande demanda de pacientes. Então – de mala e cuia – e enfrentando a um monte de “Não Pode”, portadores e lideranças da Caasah “ocuparam” um hospital desativado no Dendezeiro, o da “Cruz Vermelha” inativo e arruinando-se desde o pós guerra.
A população e as mais diversas entidades dos diretos humanos tomaram partido pela ocupação humanitária do referido prédio hospitalar e anos mais tarde, o governo estadual, através das voluntárias sociais, admitindo a seriedade e reconhecendo a responsabilidade deste valorado voluntariado da Caasah, não só lhe concedeu outro imóvel, mais amplo e confortável, como o dotou de melhores condições médico-sanitárias. Nasce assim – de fato e de direito – a atual entidade que hoje todos nós referendamos como modelo e exemplo na assistência aos portadores do HIV.
São muitos os projetos desenvolvidos pela Caasah. Há um intitulado “Dignidade Vida” cuja abrangência é vital no exercício do direito cidadão. É um apoio jurídico, com advogado de plantão, para o auxílio direto à quem se sentir discriminado, aquelas pessoas carentes ou analfabetas das suas mais elementares conquistas jurídicas. Muito se fala em “aceitação” aos portadoras do HIV/AIDS, é até “bonito e politicamente correto”, quase todo mundo se manifesta contra a discriminação. A mídia está aí, martelando e batendo na mesma tecla: “o que mata mais é o preconceito” mas na prática, no dia à dia, a realidade nem sempre é assim. Então para lembrar que a lei existe, e que os portadores do HIV são cidadãos e merecem respeito, surgiu este apoio jurídico não só aos pacientes como também aos seus familiares ou responsáveis.
PRODUTOS FABRICADOS PELOS PORTADORES DO HIV – ” VELAS ORNAMENTAIS E BIJUTERIAS”
Mas nem tudo é dor e muito menos sofrimento. Há situações em que o indíviduo se descobre produtivo, cidadão e capaz, por incrível que pareça, após receber o resultado positivo do teste. A Caasah tem na pessoa e não na enfermidade o seu alvo. São lhe dadas oportunidades de compreender que a AIDS pode vir à ser uma doença tal o diabetes, que se controlada – com responsabilidade e atenção à todas as prescrições médicas – ela seguramente não o matará. Não é uma sentença de morte. E a sua sobrevivência será maior e a qualidade de vida bem melhor. E neste intervalo, o que fazer? Fazer-se cada vez mais preparado e disposto à enfrentar a vida na sua dinâmica cotidiana. Psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, assistentes sociais, professores, médicos infectologistas e apoio moral são encontrados na Caasah.
VEJAM AS BONITAS VELAS E BIJUTERIAS
FABRICADAS NA CAASAH
Enquanto casa de apoio – longe de ser assistencialista – trabalha a questão da integração total do paciente à sociedade. Capacitando o indivíduo para vencer e ser produtivo. Lhe dando alternativas profissionais e o habilitando à ter uma oportunidade no mercado de trabalho. Então, uma das atividades mais capacitadoras e de bonita apresentação é o fabrico de “Velas Ornamentais e de Bijuterias” feitas com muito carinho pelos pacientes da Caasah sob a orientação da artista Soraia Carvalho, coordenadora do Projeto “ Capacitando para Vencer ”. Não é preciso repetir que a Caasah precisa muito da ajuda e da solidariedade de comerciantes, logistas de shoppings e donos de casas de souveniers . É preciso expor o produto e que as encomendas aumentem. Comprando as velas ornamentais ou as bijuterias da Caasah todos estarão ajudando com 30% do valor de cada objeto à sobrevivência dos portadores que trabalham no projeto. Quem ajuda, recebe um certificado que diz muito ao coração “Ilumine e embeleze a sua vida” com os produtos confeccionados pelos portadores do HIV/AIDS. É muito simples encontrar a Caasah e ajudar esta iniciativa.. É fácil comprar e encomendar os produtos, basta ligar para a Caasah e fazer este generoso gesto de humanidade e de solidariedade para com um trabalho tão bonito e necessário.
Uma mensagem da vice presidente:
Quando perguntada sobre qual a mensagem final sobre AIDS e Caasah, assim se pronunciou a vice-presidente Rinaiara Gomes Borges “Eu gostaria muito que as pessoas refletissem. E parassem por um momento para pensar que a AIDS não está distante de nós. Muita gente ainda não tem acesso à informação. E todos nós temos o dever de passar adiante o alerta da prevenção. É humano errar. E quem chega na Caasah nunca sera julgado por nada. Para nós, o passado de quem bate à nossa porta não existe. Culpas, pecados ou arrependimentos, são palavras que de forma alguma incentivamos aqui. É preciso ver no próximo a nós mesmos. Conosco e em meio à nós da Caasah, estará o “amigo paciente”, que aqui terá respeito, atenção e carinho . Existe sim, infelizmente, uma realidade cruel que surge, para muitos, à partir do resultado positivo de um exame. É aí que o sofrimento aparece e a dor se instala. Mas pode ser justamente este mal momento o renascer de um ser humano. A transformação e o auto conhecimento, às vezes para melhor, e nós da Caasah, claro, não podemos tudo, e todo tempo estamos também necessitando de algo para poder servir , mas nos esforçamos sim, em compartilhar com boa vontade o leito fraterno e o tratamento médico imediato. E podem ter a certeza, discriminação aqui, não existirá jamais.”
SEJA UM VOLUNTÁRIO DA CAASAH
A ENTIDADE – QUE JÁ POSSUE ALGUNS COMPUTADORES – ESTÁ NECESSITANDO URGENTEMENTE DE VOLUNTÁRIOS NA ÁREA DE COMPUTAÇÃO – COM EXPERIÊNCIA NO ENSINO BÁSICO – ESPECIALMENTE WORD, ACESSO À INTERNET, ETC… PARA ENSINAR AOS PORTADORES DO HIV COMO MANUSEAR E INTERAGIR NA INFORMÁTICA
EXPONHA E VENDA AS VELAS E BIJUTERIAS DA CAASAH
REVENDA OS PRODUTOS PRODUZIDOS PELOS PORTADORES DO HIV – AS VELAS E AS BIJUTERIAS – POR CONSIGNAÇÃO OU ENCOMENDA. FAZENDO ISTO, VOCÊ E O SEU ESTABELECIMENTO ESTARÃO AJUDANDO A CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL DE MUITA GENTE QUE NECESSITA DESTA AJUDA PARA SOBREVIVER. AS “VELAS E BIJUTERIAS” PODEM SER ADQUIRIDAS NA LOJINHA/ATELIÊ DA CAASAH. A PREÇOS MÓDICOS E COM DESCONTOS À DEPENDER DA QUANTIDADE.
ATENÇÃO:
OS CONTATOS COM A CAASAH DEVEM SER FEITOS ATRAVÉS:
Fone/Fax: 71 3312 7655
Sede: Rua Rio Paraguassú, 08 – atrás da Ig. da Boa Viagem – Bairro de Monte Serrat
E-Mail: caasah@bol.com.br
