O que é bonito é pra se mostrar. E na Bahia o que reluz é ouro. Então a Beleza foi a máxima do X Concurso de Miss “G” da Bahia. Treze candidatas representando municípios baianos desfilaram em Salvador, no Teatro Salesiano na noite de ontem. A mestre de cerimônia , a fenomenal Bagageryer Spielberg dona do slogan “meus aplausos por favor que eu não tô morta”.

E só no “truque da galinha preta” que ninguém sabe mesmo o que é, assistimos a Baga chamar ao palco lindas transformistas nos seus vestidos de gala. Imaginem vocês que na comissão julgadora estava gente que entende do assunto quando coisa é elegância, glamour e estilo.

O jornalista Roberto Macedo que sabe tudo de Miss. Doda Guedes o expert em maquiagem, a misses Bahia 2002 e 2003 senhoritas Bárbara Fernandes e Caroline Araújo de Sousa, o veterano militante Luis Mott, o arroz de festa Gay Davi Aranha, Marcelo Gomes leia-se São Paulo Fashion Week, Di Paula o nosso pioneiro da costura baiana, o mega produtor de eventos do sul da Bahia Emanuel Mendonça e o homem das viagens fantásticas Luis Vilarino.

Como se não bastasse personagens tão expressivos, a organização do Miss Bahia “G” criou a passarela da fama, um corpo de jurados mais que vips como Taila e Rosana Midler a atual Miss Brasil Gay, Dika Rios, diviníssima trans que andava sumida dos palcos da soterópolis e o presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira. Na Bahia tudo tem padrinho ou madrinha, daí a nossa linda Kátia Guzzo, jornalista da Globo e socialite que falou ” me sinto honrada em subir neste palco e dividir este espetáculo com vocês, a sensibilidade de todos me comove, vocês sim é que são homens verdadeiros…”

Tal um moulin rouge, a excepcional Dion e seis bailarinos do Grupo Pau Brasil nos brindou com um show inspirado na Índia dos mistérios da fé. Sob o signo de Shiva os gays da platéia deliraram e intrépidos caíram no ritmo tecno dance da travesti de Milão Siara, também uma “Miss Mundo” na Europa. Estava lá Alcione, digo a sua cover número um Marilú Lambreta.

A Miss Simpatia, como sempre uma unanimidade das colegas e concorrentes que este ano escolheram a jóvem Scarlett da terra de Gabriela Ilhéus. E a mais elegante veio da grapiúna Itabuna. O primeiríssimo lugar ficou a representante de Porto Seguro, Eshylli Campbel, 19 anos, estudante universitária e no segundo e terceiro lugar as cidades de Simões Filho e Feira de Santana. Como fantasias e sonhos não morrem jamais no ano que vem tem mais.
A grande mensagem deste desfile de beldades gays da Bahia foi a de tentar resgatar o glamour dos antigos concursos de Misses. Afinal são meio século de belas competições nos moldes tradicionais e em se tratando de Gays, pensem vocês que até bem pouco tempo eram tais eventos marginalizados, que aconteciam somente em guetos ou nas garagens ou fundos de quintais de gays corajosos. Sair do ostracismo à vista de todos é uma vitória, e que vitória maravilhosa. Parodiando Dener o X Concurso de Miss “G” da Bahia, foi um …luxooooooooo!
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