RAFAEL do GLICH está jogando a homofobia pra escanteio..
Super antenado e lider nato, Rafael, está abrindo o seu caminho rumo ao sucesso.
Por Marccelus Bragg
RAFAEL do GLICH
UM MILITANTE QUE TEM FUTURO
Rafael do Glich – Bom, parece que este rapaz está virando uma “identificação”. Um símbolo do bem na vizinha cidade de Feira de Santana. Pensem em alguém jóvem, alguém que veio de uma comunidade rural, que trabalhou na lavoura e que foi inteligente o bastante para assimilar as benesses e o sofrer da diversidade sexual. Sentir-se e saber-se homossexual não é tarefa fácil e nem situação a que muitos desejem para si. Entretanto. Rápido e num piscar de olhos Rafael criou e fundou o GLICH -Grupo Liberdade e Cidadania Homossexual e se fez líder, porque é da natureza dos homens a liderança “não pode alcançar os astros quem é poeira do chão” e o mignon Rafael – pequeno só no tamanho mas gigante no talento e na projeção, é uma destas promessas futuras. Anotem o nome do Rafael e o vejam dentro em pouco num contexto maior…afinal necessitamos muito de altivas vozes. Porque ficar calados depois de termos chegado até aqui, é sandice! Vamos apostar nesta geração, afinal temos motivos para acreditar que estes novos miliantes serão o futuro melhor do respeito à homossexualidade no Brasil. Mais do Rafael do GLICH? Leia a entrevista abaixo:

Diz pra mim uma frase que te emociona. Porque?
“Na guerra não existe lado vencedor”. Por que acho que todo tipo de guerra é uma estupidez, pois, os dois lados saem perdendo!
Como foi a sua infância e adolescência?
Muito sofrida, desde muito sedo eu tive que me virar, pois, morávamos na roça e minha família era extremamente pobre. Meu pai é alcoólatra e brigava muito com minha mãe. Eles se separaram quando eu tinha nove anos, a partir daí eu e os meus irmãos tivemos que assumir, junto com minha mãe, as responsabilidades da família trabalhando na lavoura e na cultura de subsistência. À partir dos anos 90 vedemos o sitio e viemos todos para Feira de Santana.

Como se deu a descoberta da sua homossexualidade?
Muito cedo eu já percebia algo diferente nas minhas preferências sexuais, mais não sabia discernir aqueles sentimentos confusos. Aos quinze anos, tive minha primeira relação sexual com mulheres e tive varias namoradas até os 20 anos, quando finalmente me senti seguro e respaldado socialmente para assumir minha homossexualidade de forma saudável e sem traumas. Entre ter tido a primeira experiência com homens e a me assumir para a família e a sociedade, foi tudo muito próximo. Mas mesmo quando me envolvi com mulheres, nunca tive dúvidas quanto a minha homossexualidade.

Qual é a dor e qual é a delíca em ser Gay ?
A dor é enxergar um mundo tão amplo, tão diverso e cheio de possibilidades e ver que algumas pessoas preferem ver as coisas e viver de forma bitolada. E ficam presas a costumes, crenças e posturas preconceituosas tentando transformar o amor e o sexo em algo uniforne. A delicia é a experiência e a maturidade que você adquire vindo na contra mão dos padrões estabelecidos socialmente por nosso povo e nossa cultura, todo gay sofre com o preconceito e isto é um diferencial que falta em grande parte dos Heterossexuais, pois os gays tiram proveito desta situação para lançar um olhar critico e fazer um recorte analítico da nossa sociedade.


Quais os gays e lésbicas, em sua opinião que contribuem para a visibilidade positiva?
Tem muita gente contribuindo para visibilidade positiva dos gays, lésbicas e Transgêneros no cenário nacional, não quero mim prender a nomes pois,corro o risco de ser injusto e esquecer de citar alguém, o papel dos militantes deverias ser vista de forma mais ampla por parte da sociedade.e principalmente da comunidade gay.

Como você define a Feira de Santana Gay?
Olha Marccelus, Feira não é nenhuma maravilha gay ainda temos muitos casos de homofobia em nosso município, mas mesmo assim, sinto que os gays daqui vivem em uma atmosfera feliz sabendo extrair coisas diferentes no pouco que a cidade lhe oferece, no geral, o povo daqui tem arte do improviso e tem muita gente guerreira lutando para fazer valer a diferença em Feira de Santana

Qual é a história do Glich? E porque em tão pouco tempo está se tornando referência no interior?
A Historia do Glich é baseada na dor, na luta, na garra e na ousadia, quando mim desliguei do outro grupo ao qual ocupava o papel de tesoureiro, fui avacalhado, humilhado e tive meus princípios e valores colocados à prova em nome das denuncias e provas que apresentei da fraude do outro grupo muitos achavam que era o meu fim na militância, para te dizer a verdade até eu, pois me sentia desgastado e muito decepcionado com aquele modelo de militância, mais dei a volta por cima fundei o GLICH em 2002 e o nosso trabalho serio e competente nos torna esta referencia, adicionado ai o apoio de nossos parceiros, dentre eles o seu site.

Quais os projetos em que o Glich está envolvido atualmente?
Hoje temos dois projetos sociais que contemplam Homossexuais, portadores do vírus HIV/AIDS e outras minorias sexuais, tendo como enfoque a assistência e o aconselhamento jurídico gratuito para estes públicos, na prevenção temos um projeto que trabalha com gays jovens e outras HSH, alem de varias de manifestações artísticas e culturais que executamos ou apoiamos.

Pessoalmente, como vc o Rafael Carvalho, interage no meio em que vive? Quais as suas preferências? Arte, lazer e religião, etc…
Tento interagir da melhor maneira possível, passando para a minha equipe, a minha pouca experiência de vida e para todos, a importância de preservarem as suas personalidades, e o seu caráter. Na religião sou ateu, não acredito neste Deus vingador e severo inventado pela igreja e usado como arma para encher seus templos, este Deus serve como maquina de manobra pra manter seus fies cada vês mais fisiológicos no contexto da ideologia cristã, sou devoto e filho de iemanjá mais não adepto do candomblé, apesar de ter grande simpatia, acredito em Deus assim como nos orixás de uma forma diferenciada, que se manifesta através da natureza, sem forma ou padrão, apenas em energia positiva. Na arte amo o teatro, vou pouco ao cinema pois, não gosto do comportamento das pessoas durante as sessões aqui em nossa cidade, vejo bastante filmes em DVD, dou preferência aos filmes nacionais ao qual já assistir 95% do que já foi lançado no mercado, adoro ver filmes do Almodóvar já vir de Mulheres a Beira de ataque de nervos a Má educação para mim ele é o melhor diretor de cinema do mundo, em casa gosto ouvir uma boa musica e só vou a show acústico, os últimos foi Edson Cordeiro e Luiz Melodia . Adoro andar na minha moto e gosto de ficar em casa.

O que você diria a alguém que está tentando sair do armário?
Saia! Mas primeiro sinta – se seguro. Assumir é um processo lento e libertário. Porem, falar para todo mundo que é gay, nem sempre é se assumir. O indivíduo precisa primeiro, se libertar dos próprios seus medos internos, da sensação de culpa e do pecado imoral. Aconselho a todos que desejam “sair do armário”, que acima de tudo leiam muito, pesquisem sobre sua sexualidade o maximo possível, esta é a melhor arma para se combater o preconceito .
Quais personalidades de Feira de Santana você admira, independente de ser homo ou não?
Marccelo não gosto de ver ninguém com idolatria, mais admiro todo os feirense que lutam pelo os direitos sociais e por uma Feira de Santana mais bonita, justa e igual. Mais uma vez, não vou me prender à nomes para não ser injusto..


Você se considera feliz?
Muito, principalmente no momento atual. Me sinto bastante contemplado. A felicidade do meu público reflete a minha felicidade .
Pra terminar, diz pra gente, como você faz para ter esta simpatia eterna e este corpinho de adolescente.
Você acha? (risos) a simpatia é natural eu sempre fui uma pessoa literalmente dada, já o corpinho de adolescente, que elogio hein! Olha também é natural! Não malho, tenho 31 anos de idade e possuo muita resistência física. Não consigo me prender a rotina das academias, nem ligo pra ditadura do corpo sarado, mas confesso segurar a boca, para não criar aquela terrível barriga acentuada, e no geral, eu gosto do meu corpo magro.

Quem quiser entrar em contato contigo como deve fazer?
Pelo meu celular: 75-8101-7808
Pelo meu telefone residencial: 75 – 3483-9631
Pelo telefone do GLICH- 75-3223-4298
Pelo telefone do Fabio que divide uma casa comigo- 75-3486-5953
E-Mail:
rafaglich@yahoo.com.br



