Jocasto

Jocasto Coiffeur, o bonito das medeixas!

Por Marccelus Bragg

Braço firme, braço forte e tesoura em punho! Assim vamos encontrar o bonito Jocasto que é um gatíssimo cabeleireiro. Ele atende a uma clientela seleta e recebe, porque é um másculo exemplar de homem, cantadas das mais variadas. Porém, educado e hiper gentil, se faz de desentendido e joga a peteca no ar. Bom, vamos conhecer agora mais um pouquinho deste coiffeur e saber tudo do universo de sonhos e fantasias dos salões de beleza.

Você é quase um autodidata em cabelos. Muito do sucesso que você faz vem da sorte ou da experiência? Jocasto é o teu nome verdadeiro?

Comecei bem cedo, na adolescência cortava os cabelos dos amigos e vizinhos. Criei gosto e tive a sorte de aprender mais e a me aprofundar na técnica com excelentes profissionais. Um exemplo disto é o meu nome profissional “ Jocasto” que tem um referêncial histórico muito importante e um som que é determinante e de expressão. Este “batismo” me foi feito pelo grande Julio Dourado, um mestre na arte a quem agradeço muito da minha formação.

Cite alguns bons cabeleireiros.

Eu diria que o Hédimo Oliveira do “Castelo” e o Luciano do “Pura Beleza” são exemplos de talento e competência.

A verdade prevalece na relação cabeleireiro e cliente?

Eu tento ser o mais honesto possível. Quando vejo que um corte não se adapta ao formato do rosto da cliente ou quando imagino, que a cor ou o penteado escolhido a tornará desinteressante, tento lhe convencer que existem outras opções que casam com a sua genética e o seu biotipo. O importante é todo um dialógo e se abrir o leque de alternativas. Beleza não põe mesa, mas ajuda as pessoas a serem mais felizes. Então a missão do cabeleireiro é tornar as pessoas mais bonitas e mais realizadas.

Tem magia num salão de beleza?

Existi sim. Às vezes se torna um santuário. Nós ouvimos desabafos, escutamos, enquanto penteamos uma pessoa, muito das suas alegrias e não raro, muito também das suas tristezas e das suas perdas pessoais. Um sentido ético nos faz solidários e se fizer bem um ombro amigo, uma palavra de carinho ou um incentivo, lá estamos de plantão para ajudar. Entendo um salão de beleza como um refúgio, as pessoas por algumas horas vão cuidar das suas aparências. É o apelo da auto estima, então é crucial encontrar em centros estéticos gente de alto astral, positivas e alegres. Do contrário, para se aborrecer ou ficar triste é melhor não sair de casa. É por isso que existem tantas revistas, luzes, calor humano e descontração em salões de beleza, tudo conspira a favor da auto estima, é magia sim!

Há avanços na indústria da beleza, a ciência ajuda?

Muito, hoje em dia a química nesta espécie de mercado é fantástica, cores para as tinturas das mais variadas se pode encontrar em lojas especializadas, cremes e soluções que dão forma, refresca e dão vitalidade capilar são fruto de estudos e estão disponíveis às quantidades. Inclusive provenientes de empresas idôneas e criados, muitos deles, para espécies de pele e de cabelos próprios para raças diversas, como negra por exemplo, que lindamente tem tido uma linha de produtos especiais.

Quais as tendências? Há pré requisitos quando da escolha do corte de cabelo ideal?

O cabelo, todos sabem, é a moldura do rosto. O indivíduo tem que ter a sensibilidade de saber o que lhe agrada. Eu acho a Júlia Roberts uma mulher muito bem penteada. E acredito que o corte “moicano” estilizado para os homens seja uma boa pedida. Vejam o David Bechann o mito metrossexual fazendo escola. Mas cabelo é uma coisa muito revolucionária. A cabeça e a cabeleira da pessoa evolui, e como tudo muda o tempo todo, os cabelos nos seus cortes e penteados estão sujeitos a modas e mudança de costumes. O bom mesmo é escolher o que mais lhe agrada e sair feliz do salão. Se o seu interior está contente com o resultado do trabalho do cabeleireiro, então esta é a sua moda. O que os outros acham fica pra segundo plano, o importante é o próprio cliente estar bem.

Quem é mais exigente, o homem ou a mulher?

Seguramente os homens são mais exigentes porque são mais decididos. Já chegam no salão sabendo exatamente o que querem. Já as mulheres, muitas necessitam de um tempinho para se decidir, para escolher uma cor ou corte, daí uma revista, um conselho, ou exemplo externo ajuda muito.

Como é ser cabeleireiro? Formação profissional, organização e competição são temas discutidos na área?

Olha, não é fácil para alguém jóvem se estabelecer. Sinto a falta de mais organização, da existência de um piso salarial e de um percentual estabelecido para as gratificações para toda a categoria, que fica sempre à merce dos donos de salões. Seria muito bom se houvessem mais cursos e intercâmbios com outros profissionais e estudiosos do ramo. Mais palestras, encontros e o conhecimento de novidades da química e de técnicas de corte e de penteados que se usam em outros centros urbanos. Quanto a competição, ela existe como em qualquer outra categoria de profissionais. Tende a ser saudável na medida que te obriga a melhorar e a crescer. É certo contudo, que em minha área de atuação “fazer o nome e conquistar uma clientela fiel” são consagrações de fato. E muitos cabeleireios chegam a este ponto em suas carreiras e se dão muito bem, financeiramente e no sucesso pessoal. Se tornam famosos e bastante requisitados.

Você é bonito e jóvem, é comum o assédio? Quais os seus planos de futuro?

Encaro o assédio numa boa. Não me ofende uma insinuação descompromissada ou uma cantada ingênua ou natural. Finjo que não entendo e jamais seria grosseiro ou arrogante com quem quer que seja. Já recebi bilhetinhos, recados através das manicures, número de telefones, etc. Só que não costumo misturar as coisa, cliente é cliente e pronto. Sou profissional e não me considero um alpinista sexual, dou respeito para ser respeitado, esta é a minha filosofia de vida. Quanto aos planos de futuro são muitos. Quero, em algum momento da minha vida, dar um tempo em Portugal e se Deus me ajudar de volta ao Brasil, ter o meu próprio salão de beleza, cujo nome já tenho em mente “Jocastus Salão” . E o diferencial seria o tratamento que pretendo dar as pessoas da terceira idade tão desassistidas deste tipo de atenção estética e também as crianças, criando uma rotina e conteúdo de cortes e de penteados específicos que lhes fariam muito bem sem parecerem adultos em miniaturas.

Algum recadinho final?

Acredito que aparência não é tudo. Mas com certeza o mundo é menos cruel com quem se cuida. Então quem quiser dar um trato no cabelo é só nos procurar no Salão Lizlacsm, alí em Ondina na Rua Sabino Silva n. 12. e pra falar comigo, o telefone é 9999 3751. Muito obrigado ao Marccelus pelo espaço e o meu carinho especial aos clientes, colegas cabeleireiros e profissionais da beleza.