Xangô todo contente recebeu as homenagens e a festa dos seus amados. Nunca vimos algo tão lindo quanto as nossas elegantíssimas baianas reluzentes e de largos sorrisos. A púrpura tomou conta da Praça Teresa Batista no Pelourinho. O machado imperou e foi a ferramenta do orixá que decorou e inspirou quase todo o ambiente do Baile. Estamos na Bahia e pra cortar mal olhado e inveja só esta lâmina que não falha nunca. Quem tem fé não tem medo.
Vermelho e branco eram as cores obrigatórias. Mulher bonita, homem bem vestido, dança de salão, apresentação teatral, educação, cortesia e finess. Uma orquestra afinadíssima e um bolo enorme eram os ingredientes do sucesso da noite. E tem mais…
O Projeto Pelourinho Dia e Noite tem sido um referencial em abrir o leque de oportunidades a que mais pessoas conheçam os talentos da terra e as iniciativas inteligentes e de bom gosto. Imaginem vocês que a fina flor do Pelourinho – gente que faz história e que é sinônimo de Bahia – não faltou.
Todos nós que temos um pé em Salvador, que aqui chegamos ou que mesmo de passagem, respiramos o ar desta terra abençoada nunca mais seremos os mesmos. Esta terra teve um passado de glória mas o seu presente é inegavelmente contagiante. È numa noite como a do Baile do Kaviossô que nos damos conta da alegria de viver em Salvador. Do prazer de estar entre amigos e tão somente o de ver, gente feliz e que não dá braço à torcer ao sofrimento cotidiano ou as mazelas da vida.
Eu fui ao Baile convidado pela minha amiga “Sisi”. A Claudecyr Hoffman que além de “embaixatriz das artes” é formidável na arte de ser agradável e fez parte da organização do Baile.
Ouvi a minha e de milhares, preferida “Cigarra da Noite” Mirian Teresa cantar. O Maestro Reginaldo então era todo elegância e talento. Clarindo Silva – patrimônio vivo da Cantina da Lua lá estava com a sua paz de espírito que o faz tão querido de todos.
O ator e coreógrafo, adorável criatura Nonato Freire – de blazer púrpura distribuía alto astral. A divina da trama do nó – a estilista Márcia Ganem num modelito próprio e perolado destacava-se. E o nosso diretor do IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural , antropólogo Julio Braga foi conferir in loco a simpática face do Xangô festeiro.
Bom, vou parar por aqui senão vou ficar com vontade de voltar no tempo e o baile já acabou. Me diverti muito e o Kaviossô novamente, só no ano que vem! Foi uma noite de quinta pra não se esquecer. Vermelho e Branco sempre no Pelô- Viva o Kaviossô – Xangô nos proteja e passem bem!
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